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Percursos Pedestres

Rotas - Percursos Pedestres

Percurso Pedestre Corredoura

Início do PercursoAntiga Linha FérreaGado CaprinoUma Boca de Mina
O Percurso Pedestre Corredoura tem início alguns metros depois do Campo de Futebol da Bezerra e desenvolve-se predominantemente ao longo dos trilhos da antiga linha de caminho-de-ferro que fazia o transporte de carvão das minas da Bezerra para Porto de Mós. É um percurso bastante diversificado e representativo em termos de flora e fauna, e particularmente em termos geomorfológicos.

Acesso: tem como principais acessos a E.N.1 e a E.N. 362 - Porto de Mós - Alcanede, por Porto de Mós

Ponto de Partida / Ponto de Chegada: Campo de Futebol da Bezerra

Extensão:
12 Km

Duração: 6 horas

Dificuldade: média

Apoios: Parque de Merendas da Corredoura


Fonte: http://portal.icnb.pt
Imagem propriedade do ICN / PNSAC. Todos os Direitos Reservados.


Pelo facto de se tratar de uma antiga linha de caminho-de-ferro, o piso ao longo da linha é composto por cascalho grosso, o que obriga a algum cuidado no caminhar.

A primeira metade do percurso desenvolve-se ao longo da linha superior, durante o qual o olhar é empurrado inevitavelmente para o vazio a nascente, até parar nas encostas do Cabeço dos Carvalhos, Cabeço Gordo e Cabeço Vedeiro, onde se inscreve a Cisterna Colectiva de Serro Ventoso - mancha rectilínea esbranquiçada da rocha descarnada e o rendilhado geométrico dos muros de pedra.

Para poente, encostada ao trilho, a encosta abrupta da Serra da Pevide, reveste-se de arbustos onde domina o carrasco, acompanhado por vezes de algumas azinheiras, sargaços e exemplares de roselha-grande com as suas bonitas e frágeis folhas rosas.

De repente, o cenário muda por completo: os cortes na rocha para a instalação da linha, definem a certa altura, corredores sombrios em cujas paredes se podem observar plantas especialmente adaptadas a locais sombreados, frinchas na rocha são a pouco e pouco conquistadas por plantas rupícolas. Alguns fetos: douradinha e o avencão encontram ali condições vantajosas para se desenvolverem.

No culminar da linha superior, o Túnel - a escuridão para chegar de novo à luz do sol. O horizonte cresce para o mar e mesmo no topo Norte da Serra dos Candeeiros, os moinhos assinalam a cumeada. Um parque de merendas, convida a uma pausa antes de iniciar a descida pela linha inferior.

O percurso atravessa uma mancha de carvalho lusitano que desce da meia encosta até ao vale, com o qual convivem medronheiros e folhados de grandes dimensões. Rente ao solo, a pervinca estende tapetes verdes, brilhantes, salpicados de flores lilazes.

No vale, os terrenos agrícolas conquistados ao carvalhal pelas populações, estão actualmente ocupados com olivais ou pomares de macieiras. Aqui e ali, junto ao bosque, surgem novelos de madressilvas em parceria momentânea com alguns eucaliptos.

Abandonando a linha, segue-se pelo fundo do vale contornando a imponente Pena Alagada, salpicada de cascalheiras e revestida pelo magnífico carvalhal, até atingirmos a linha superior e o ponto de partida.
 

ALGUNS PONTOS DE INTERESSE


Minas de Carvão da Bezerra
Nesta zona existiu uma importante exploração de carvão, aproveitando níveis linhitosos do Jurássico superior. Este era aplicado à indústria tendo alimentado a Central Termo-Eléctrica de Porto de Mós e as Empresas Cimenteiras da Maceira. Encontram-se actualmente inactivas, desaconselhando-se a sua visita, por motivos de segurança.

Caminho-de-Ferro da Bezerra
Após o inicio da exploração do carvão instalou-se esta linha de caminho-de-ferro (1928), com um trajecto irregular de forma a vencer a Serra da Pevide. Foi desmantelada em 1953, ficando unicamente os trilhos que dão acesso a toda esta vasta paisagem.

Vale Diapírico de Porto de Mós /Rio Maior
A paisagem ao longo deste percurso é marcada pelo Vale Diapírico de Porto de Mós /Rio Maior, de sedimentos detrítico/evaporíticos do Hetangiano. Este vale é interrompido pelas elevações de Pena Alagada e Serro dos Casais.

Unidades Geomorfológicas
Em certo momento do percurso, consegue-se observar a confluência de três grandes unidades geomorfológicas: Serra dos Candeeiros (onde nos encontramos), Planalto de São Mamede (NE) e Planalto de Santo António (SE). As depressões que fazem a separação destas unidades são o Vale Diapírico entre a Serra dos Candeeiros e os Planaltos, e o alinhamento tectónico Porto de Mós – Moitas Venda a separar os Planaltos. O términos do Planalto de Santo António é cortado pelo leito do Rio Lena onde estão situadas as suas nascentes. Na direcção Nordeste do Vale Diapírico destacam-se alguns morros que correspondem a intrusões doleríticas: Morro do Castelo de Porto de Mós, Morro da Capela de Santo António e Livramento.

Pedreira das Mós
Pedreira de calcários conglomeráticos utilizados antigamente na construção de mós, aproveitando as faces angulosas dos clastos que os constituem para a moagem dos cereais. Actualmente é explorada como britadeira.

Cascalheira
Depósitos de vertente, estabilizados, resultam da erosão das escarpas rochosas. São geologicamente recentes – quaternário.


 

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